quinta-feira, 2 de outubro de 2008

EDUCAÇÃO E CIBERCULTURA - A Nova Relação com o Saber

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Formação Continuada de Professores do Município de Irecê
Curso de Licenciatura em Pedagogia/ Séries Iniciais-2008
Professores: Sule Sampaio e Edivaldo Couto
Aluna: Eletícia Pereira Campos

Reflexão Crítica: Texto: Educação e Cibercultura: A nova relação com o saber
Filme: Mestrado da Vida


O filme: Mestrado da Vida nos leva a reflexões instigantes a respeito dos paradigmas formados pela própria sociedade, ao longo de toda a sua história. Durante muito tempo, pensou-se em cultura genuinamente pura, onde a mercê dela estaria apenas determinados grupos sociais, cuja posição “piramidal “ se encontra confortavelmente nos últimos degraus dessa construção imponente, símbolo de ascensão social.
Apesar de serem válidos todos os estudos concernentes aos problemas sociais e às conseqüências que essa “ferida “ acaba deixando na vida das pessoas, o perfil da massa mudou. Esse “homem”, tido antes como ignorante dos saberes da escola, portanto, da vida, conquistou uma nova perspectiva: a auto produção de conhecimentos. Tudo isso só foi possível com a abertura das fronteiras tecnológicas; precisamente, a virtual - por contemplar uma dimensão global do saber.
O filme: Mestrado da Vida contempla essa afirmativa, quando percebemos no rapaz (assaltante) dois mundos totalmente paradoxais. De um lado a falta de informações acadêmicas, do outro, um sujeito crítico e consciente do que ele realmente representa na / pra sociedade. Este é o perfil da camada social comumente chamada de massa.
Com a emergência desse novo ciberespaço, resultado da globalização e de todo o seu processo de progressão tecnológica, emergiu-se também nova ótica de pensamentos no campo da Educação, da Filosofia, da Sociologia, enfim, em todas as áreas onde se estuda o comportamento humano.No campo especialmente educacional ( pois é essa que pretendo aqui considerar - não desmerecendo as outras - mas por seguir uma linha crítica voltada a esse fim ) o aparecimento das tecnologias intelectuais trouxe consigo novos perfis de avaliações, metodologias e essencialmente, um novo estilo de pedagogia: aquele que favorece, ao mesmo tempo, os aprendizados personalizados e os aprendizados cooperativos de rede. Isso de certa forma trouxe benefícios para uma gama de pessoas desfavorecidas pelo sistema, mas que encontraram aqui, a chance de se auto-formarem nas áreas acadêmicas; pois esse novo segmento de ensino ( à distância ) vem dando oportunidades a quem não pode, por exemplo, pagar um preço mais alto pelos seus estudos presenciais ou que simplesmente dispõem de pouco tempo para estudar.É o tão conhecido aprendizado aberto e à distancia.O bom de tudo isso é que essa inovada política pedagógica abre caminhos nunca antes considerados.A saber, a articulação coletiva do aprender.Essa parceria entre aluno / aluno; aluno / professor; aluno e meros articuladores virtuais, é que verazmente faz aqui a diferença.Juntos, num processo democratizador na escolha de caminhos por onde passar, o aprendente é protagonista da sua própria história de vida, onde o mesmo se sente autônomo, capaz e e sujeito integrante da tão relatada inteligência coletiva de rede.

4 comentários:

Sule disse...

Muito bom Eletícia! Sua reflexão sobre o filme e articulação com a educação, com o texto de Lévy! Esta se posicionando, mostrando o que pensa, o que entendeu, é esse o caminho...Construção!
bjinhos
Sule

Gicélia disse...

Colega, gostei da tua reflexão e concordo com ela. Infelizmente, é nesse mundo que vivemos,onde a desigualdade social é muito grande e por causa disso não temos segurança nenhuma. Muito forte a mensagem do filme " O mestrado da vida"!
Um rapaz, sem oportunidade de vida que se forma na escola da vida em assaltante. Sendo ele consciente do risco que causa a sociedade.

BJus:
Gicelia

DERISVAL S.S ROCHA IRECÊ BAHIA BRASIL. disse...

É isso ai Leticia! O filme Mestrado da Vida nos mostra dois mundos diferentes de uum lado a cultura, do outro as marcas da falta de formação acadêmica, oportunidades na vida e aceitação; mas a criticidade de pensamento e revolta por saber o valor que tem para a sociedade.

Sule disse...

Oi Leticia! So para trocar um pouco com os cometários de Gicelia e do Deris! Entendo que mais do que a falta de oportunidade que esse jovem teve na vida, é que ele tem consciência de todo o contexto: do rico e do pobre, do sistema capitalista que é injusto socialmente,... De um modelo que educação que em muitos dos casos exclui mais do que inclui!!! Enfim,... São vários pontos!
Bjão