terça-feira, 21 de outubro de 2008

O EMBATE ENTRE DEFENSORES DA ESCOLA PÚBLICA E PRAVATISTAS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Professoras :Roseli Sá e Paula Moreira

Para entendermos a Eduacação Brasisleira é pertinente compreendermos todo nosso histórico ideológico, político-social e até mesmo todos os percalsos por que a nossa educação passou, ao longo do tempo.
Sabemos que a gênese da educação brasileira se deu com a vinda e permanência dos jesuítas .Estes, no cumprimento de suas missões( catequisar) os índios à religião, usou de todo um aparato metodológico de ensinamentos, os quais abriram portas que deram origem às políticas eduacionais centradas ao poder da igreja .Essa centralização passou por vários processos até perder totalmente oo controle de ensino.
Essas mudanças não aconteceram de forma rápida, mas através de manifestos e articulações
que culminaram em várias reformas de leis( Constituições) a partir da década de 20-com o movimento dos liberais_MANIFESTO DA EDUCAÇÃO NOVA, Contituição de 1934,que trouxe de forma tímida algumas mudanças, como a obrigatoriedade do Ensino Primário gratuito, concurso público para o Magistério, fixou percentuais mínimos para a E#ducação, dentre outras; portanto, foi aí que a igreja começou a perder o seu prestígio na liderança educacional.Em 1937 veio o Estado Novo e sua Constituição.Desta vez as reformas educacionais foram mais abranjentes:A Carta Magna atenuou o Estado como Educador, dando liberdade às famílias para escolher onde colocar os seus filhos; em escolas privadas ou públicas( dualismo educacional ).Nesta perspectiva os ricos tinham uma escola propedêutica, com formação geral voltada para o ensino superior e para os pobres, a profissionalização da mão -de-obra, a fim de atender as demandas do mercado interno.
Na década de 40/50, a maiaoria das escolas secundárias particulares estavam nas mãos de católicos.Estes defendiam a idéia de que as famílias é quem realmente deveria escolher a escola dos filhos.Esse fato impediu bastante a evolução educacional da classe menos favorecida que, nesse contexto , mais da metade da população não tinha acesso à escolarização.
Opondo-se a essa postura elitista, novamente os liberais, intelectuais, estudantes e sindicalistas iniciaram a campanha em defesa da escola pública, culminando, em 1959, com o Manifesto dos Educadores, que propunham o fim do protecionismo financeiro do Estado para com as escolas privadas e sua fiscalização.
CONSTITUIÇÃO DE 1988

Chegando aqui, tivemos muitas mudanças ,tanto nas questões ideológicas, como nas sociais:Nas articulações em que antecederam a Constituição, houve conflitos e confrontos entre publicistas e privatistas.Este último com novas feições.Além de grupos católicos, havia também protestantes e empresários de ensino.Ideologicamente, atacavam o Estado, acusando-o de ineficiente e fracassado, na pretenção de mostras sua suposta excelêcia .
É interessante observar os mecanismos de manipulação que havia por trás de tudo isso; pois na verdade, o Estado atribuía privilégios a essas escolas como a imunidade fiscal sobre bens e serviços, bolsas de estudos, detre outros.Foi aí também que se começou a questionar a excelência da escola privada.Dados do Saeb(Brasil,MEC/Inep,1995, mostraram desempenhos semelhantes entre alunos de escolas públicas e particulares.
Dois fatos na educação( na déc. de 80), aconteceram muito que rapidamente:O esfoço que as famílias fizeram para proporcionar um ensino" de qualidade" aos seus filhos, colocando-os em escolas privadas e , devido a crise por que passava o nosso país, vinculada à crise internacional, a retirada desses mesmos filhos dessas instituições para o ingresso em escolas públicas.
A partir daí, vivemos um novo cenário onde percebemos que, embora muita coisa mudou, ainda temos ações educacionais públicas que são de certa forma, tendenciosas à cultura de interesses voltados à elite privilegiada nesse novo perfil panorâmico da Educação vigente.

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